sábado, 1 de julho de 2017

O uso das redes sociais para consolidar valores junto à comunidade maçônica

Por Arthur Monteiro, 30/06/2017


INTRODUÇÃO
A maçonaria desde a criação da Grande Loja em 1717, e pelo seu espírito progressista e evolucionista, vem ao longo do tempo se adaptando a modernidade. Com o surgimento da Tecnologia da Informação e Comunicação, que correspondem a todas as tecnologias que envolvem, interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres, a maçonaria passou a utilizar as ferramentas tecnológicas tais como computadores, sistemas, e várias ferramentas que apoiam as atividades tanto na área de processamento quanto as de comunicações.

A utilização da tecnologia no dia a dia foi utilizada de forma quase paralela pelas instituições maçônicas quanto dos seus obreiros. Porém uma das maiores preocupações no início, e diga-se até os dias atuais, foi com a segurança dos dados e das informações. Este receio com a segurança afeta, substancialmente, a maioria dos maçons mais idosos, que não se sentem muito confortável, com o avanço quase como um rolo compressor das tecnologias, aliás, podemos estimar a cada semestre temos mudanças e impactos significativos tanto nos equipamentos quanto nas plataformas e aplicativos.

A proposta sugerida deste trabalho é a utilização das Redes Sociais para consolidar valores junto à comunidade maçônica. Para apoiar este trabalho e atender a proposta para divulgar e organizar princípios e valores, estabelecer contatos com lojas maçônicas e seus membros, e com a possibilidade de oferecer elementos para o conhecimento à comunidade virtual maçônica e do público em geral.
Dentre as ferramentas mais utilizadas para gestão de comunicação e redes sociais que são Instagram, Facebook, WhatsApp, E-mail, YouTube, foram escolhidas duas plataformas básicas para atender um grupo maçônico de uma loja e com rápida interação com demais membros de outras lojas escolhidas para um determinado projeto.


COMUNICAÇÂO ENTRE MAÇONS
Atualmente os maçons necessitam, cada vez mais, de um maior engajamento da maioria do grupo para uma convergência na utilização da tecnologia que facilite o alinhamento dos maçons para alcançar os seus objetivos, conforme (SANTOS JUNIOR & ROCHA, 2017):

No caso específico da sociedade maçônica, o padecimento poderá ser mais doloroso, não só pelo fato da “construção de muralhas” à inovação em si, mas pelo fato de que se encontra estruturada e conduzida por uma geração que, de per si, é aversa às mudanças (e não participa, não gosta e não concorda) do mundo tecnológico, e o fato se justifica. Vejamos, então, essas justificativas que residem, não na Maçonaria, mas nos Maçons. E tudo pode ser uma questão de DNA Digital, de difícil ou fácil solução, a depender da forma como se encarar a situação problema.

Segundo (HILL apud DARC, 2016) “Master Mind significa um espírito que se desenvolve por meio da cooperação harmoniosa entre duas ou mais pessoas que se aliam com o objetivo de realizar uma determinada missão”. É comum que os grupos percam o ritmo e foco nos objetivos com bastante facilidade. Sendo assim, esse espírito mantenedor do ritmo e foco deverá ser assumido pelo líder, neste caso do presidente da Loja maçônica.

A comunicação entre os participantes é uma prática das mais importantes, pois representa cerca de mais de 50 % das atividades do grupo e a liderança torna-se o elo entre as pessoas, as ideias e as informações. Segundo o Guia PMBOK que reúne as melhores práticas de gerenciamento de projetos, o gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriadas.

Para facilitar este trabalho de liderança e comunicação, o líder poderá utilizar diversas ferramentas. Destacaremos dentre as apresentadas as ferramentas de gerenciamento de e-mail e facebook para gerenciamento de rede social.

E-MAIL
O e-mail, eletronic mail, substitui o correio com as correspondências tradicionais pelas correspondências eletrônicas, conforme (SANTOS JUNIOR & ROCHA, 2017):

O e-mail ou correio eletrônico usa um protocolo muito similar ao correio tradicional, no qual o repasse de mensagens é realizado imitando a entrega de cartas. Uma “carta” digital, contendo informações de remetente, destinatário, assunto e conteúdo, é encaminhada a entidades de transmissão, denominadas servidores de envio de mensagens, para que esta seja repassada ao seu servidor de mensagens, como se fosse um posto de coleta do correio. O usuário, assim que achar conveniente, verifica junto ao seu posto de coleta – ou melhor, seu servidor de mensagens – se há novas mensagens. Se houver, ele as recebe em sua caixa de correio, podendo ler, armazenar, apagar, responder e encaminhar a outros destinatários. Do mesmo modo que o correio tradicional, o correio eletrônico é uma forma assíncrona de conversação, pois o destinatário não lerá a mensagem necessariamente no mesmo momento que o remetente a envia, embora isso possa ocorrer muito em breve.

Sendo o e-mail uma ferramenta bastante segura, aceita comercialmente e juridicamente como comunicação oficial entre as empresas e pessoas, além disso, possibilita a criação de grupos de usuário, onde são permitidas as trocas de informações de forma privada, com abrangência e acessos as informações oficiais e controle do recebimento das mensagens.

As ferramentas de gerenciamento de mensagens de e-mail possibilitam os agrupamentos das mensagens que estiverem sob um mesmo título, que pode ser utilizado como um tópico de discussões sobre um mesmo tema por todos os integrantes do grupo.

Destacam-se as principais vantagens na utilização do e-mail: é uma ferramenta rápida e barata, contato ideal a distância sem necessidade de utilização de telefone, pode-se compor, guardar e revisar a mensagem antes do envio, possibilidade de enviar a mesma mensagem a várias pessoas ou a um grupo, possibilidade de envio de textos, imagens, áudio, vídeos e documentos. Principais desvantagens: Acúmulo de mensagens que impossibilita a rápida leitura da mensagem, um receptor poderá encaminhar a mensagem para outras pessoas que estiverem fora do projeto ou grupo decorrendo a perda do sigilo.

FACEBOOK
O Facebook é uma plataforma para gestão de redes sociais. Criada em 2004 para atender as necessidades dos estudantes da Universidade de Havard, foi expandida para outras faculdades e com facilidade de utilização foram rompidas as fronteiras dos campus universitários atingindo os gostos da comunidade em geral.

A escolha desta ferramenta partiu do princípio que de acordo com (SANTOS JUNIOR, 2017), atualmente existem mais de 1,87 bilhões de usuários e pesquisa citada, realizada pela Marketing de Conteúdo o Facebook é utilizado por 97,6% dos usuários entrevistados.

Por também ser uma plataforma de fácil acesso e utilização, os maçons de uma loja ou mais, que trabalhem num mesmo projeto, possam compartilhar/divulgar de forma pública ou privada, aos “amigos” as mensagens de divulgação de assunto de interesses comuns. Com isso permite-se maior publicidade para motivar debates ou agregação de demais maçons e público em geral.

As principais ferramentas dentro da plataforma para iteração com o público são realizadas com apenas uma simples ação para o compartilhamento das mensagens ou manifestações de reações dos tipos curtir, e outros emojis, conceito japonês utiliza-se de vários desenhos com expressões emocionais para substituição de palavras ou frases.

Além dessas redes, a plataforma permite a criação de página institucional que pode substituir sites convencionais e também permite a possibilidade de aquisição de pacotes para publicidade por segmento alinhados ao planejamento de marketing.

CONCLUSÃO
A maçonaria brasileira encontra-se inserida, de forma pálida, nos ambientes tecnológicos suportados pela internet. Constata-se presença mais volumosa dos obreiros nas diversas plataformas e redes sociais.
Uma das maiores dificuldades é a identificação e catalogação na utilização da internet pelos maçons, ou seja, cada maçom tem a liberdade de criar blogs, videolog no youtube, grupos de e-mails, grupos nas redes sociais, dentre outras, o que dificulta a classificação para apresentar como referência aos demais maçons.
Outro aspecto importante é a falta de controle das publicações realizadas pelos maçons. Observa-se que a pesar da liberdade do maçom, a maioria das publicações não estão lastreadas com rigor acadêmico ou referências bibliográficas, sugerindo a não credibilidade nas postagens.
Esta organização poderá partir das lojas com um rigoroso planejamento para alcançar os objetivos e eleger as ferramentas e plataformas sociais para suportar e gerencias as suas comunicações. A partir da conscientização de cada maçom, o trabalho na utilização da internet e das várias ferramentas e plataformas de comunicações e iterações sociais, permitirá viabilizar uma ferramenta que possa referenciar todas as fontes de informações e publicações maçônicas para servir a a público em geral e maçônico com abrangência nacional e internacional.

REFERÊNCIAS 
— DARC, Iagonara – Como usar o Instagram para negócios: Confira 5 dicas – 2015 – Disponível em: < http://marketingcomdigital.com.br/como-usar-instagram-negocios/ > acessado em 19/06/2017.
— LOBO, Mateus – 3 razões que provam que você precisa estar em um grupo de negócios - 2016 – Disponível em: < http://marketingcomdigital.com.br/3-razoes-para-estar-em-um-grupo-de-negocios/> acessado em 19/06/2017.
— PROJECT MANAGEMENTE INSTITUTE, INC. (2013) - PMBOOK – Um guia de conhecimento em Gerenciamento de Projetos - 5ª Edição - Pennsylvania – USA.


— SANTOS JUNIOR, Fausto Andrade dos; ROCHA,  Luiz Gonzaga da - Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicadas à Maçonaria – UnyLeya, 2017.

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