Por
Arthur Feitosa Vieira Monteiro, 18/01/2017
A participação da
mulher na maçonaria proporciona bastante interesse nas discussões, tanto no
âmbito da maçonaria como fora dela.
Existem vários aspectos
sobre a participação da mulher na maçonaria dente eles: A mulher sendo iniciada
na maçonaria e a mulher que apoia as atividades para-maçônicas.
Importante
ressaltar que independente da mulher ser “maçona” ou não, no procedimento
iniciático de um homem quando casado, a mulher tem fundamental importância da
concordância e autorização da entrada do marido na maçonaria. Este aspecto
ressalta a importância da mulher para a ordem maçônica.
Existem entidades
paramaçônicas que apoiam e executam projetos sociais de caráter nacional e/ou
internacional, associados à maçonaria. A maioria destas entidades a
participação, direta ou indireta, da mulher é fundamental para o
desenvolvimento dos trabalhos.
Uma parte
significativa das lojas mantém vínculo com entidades paramaçônicas. Na maioria
das vezes a Loja mantém um contato mais estreitos com as esposas dos maçons.
Surge, então, a necessidade de criação de uma entidade para congregar as
esposas (cunhadas). Geralmente denominam-se de Fraternidade Feminina, Colmeia,
dentre outras. As atividades destas entidades ficam a critério das fundadoras e
geralmente sob a supervisão da loja patrocinadora. Este tipo de ação é
importante para as ações de benemerência associada a eventos culturais,
jantares e diversão de toda a família maçônica e convidados da Loja
patrocinadora.
Destaco a
participação das jovens nas entidades paramaçônicas femininas infanto-juvenil.
A finalidade principal é a formação do caráter para que as jovens possam ser
educadas e formadas com a complementação dos conceitos basilares e morais da
sociedade. Certamente a construção do caráter proporciona maior liberdade e
segurança para a família, academia e profissão.
Outro aspecto
importante é a participação das mulheres, mães de crianças e adolescentes vinculados
às várias entidades paramaçônicas juvenis. O acompanhamento é de extrema valia
para que os jovens se sintam seguros em um ambiente familiar, aumentando os
vínculos, inclusive com outras famílias, que é um dos pilares da maçonaria.
A participação das
mulheres diretamente nos quadros das lojas maçônicas é bastante valorizada no
exterior. Aqui no Brasil, a participação é modesta e grande parte da sociedade
desconhece que a mulher pode ser iniciada.
Atualmente a
maçonaria brasileira além dos landmarks e vínculos de
regularidade com a GLUI, também está subordinada ao Código Civil (Lei
10.406-10/01/2002) e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Sendo assim, com a obrigação de observação da Constituição Federal, no Título
II dos direitos e garantias fundamentais, Capítulo I Dos direitos e deveres
individuais e coletivos, no inciso I do artigo 5°, declara que: “I – homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.
Percebemos uma
situação controversa entre qual lei seguirmos? Os Landmarks ou a Constituição
do País? Apesar dos mecanismos internos para aprovação ou rejeição de
candidatos. A maçonaria regular no Brasil a qualquer momento pode ser
notificada pela justiça para admissão de mulheres nos seus quados de obreiros
das lojas.
No caso da
participação direta das mulheres nas Lojas maçônicas, ou seja, submetidas ao
rito iniciático ressaltamos a possibilidade do ingresso nas Lojas mistas, que
permitem a participação de homens e mulheres e Lojas femininas que a
participação é exclusiva de mulheres.
Importante observar
qual o melhor rito a ser praticado pelas mulheres em lojas exclusivas e também
no caso de lojas mistas para um melhor aproveitamento das energias físicas,
mentais e psíquicas.
Dentro da maçonaria
regular, subordinada à Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI), existe uma
divisão de opiniões sobre aceitação das mulheres. Porém, como estas Potências
Maçônicas estão alicerçadas nos landmarks, não é possível a adoção
das mulheres em seus quadros sem perder o status da regularidade.
REFERÊNCIAS
- MELO, Eugênio
Lisboa Vilar - Instituições Maçônicas e ParaMaçônicas – Brasília -DF – Editora
UnyLeya, 2016.
-
Entidades paramaçônicas Disponível em: <www.gob.org.br> consulta em
09/01/2017.
- Order
of Women Freemasons. Disponível em < https://www.owf.org.uk/ > Acesso em
5 jan 2017.
- Grande
Loge Féminine de France. Disponível em < .http://www.glff.org/ > Acesso
em 5 jan 2017.
- The Grand Lodge of
Freemasonry for Men and Women . Disponível em
<.http://www.grandlodge.org.uk/ >. Acesso em 5 jan 2017.
- Grande
Loge Mixte de France. Disponível em < http://www.glmf.fr/>. Acesso em 5
jan 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário