Por Arthur Feitosa Vieira Monteiro, 19/01/2017
A participação de maçons nas
atividades que extrapolam os limites das Lojas, naturalmente, requer
a participação dos seus familiares e sociedade. Desta forma, o modelo de formação
de caráter dos maçons, podem ser estendidos ou compartilhados por
meio de entidades paramaçônicas, com suas regras próprias e formas
de reuniões. O maçom Kennyo Issmal ressalta que o
investimento na juventude, através da criação e desenvolvimento
das Ordens Paramaçônicas Juvenis Internacionais, foi, sem dúvida
alguma, a maior obra maçônica no século XX.
A integração dos maçons
brasileiros com as diversas entidades proporcionam a fraternidade
associada ao progresso dos que participam e o benefício final fica
para a sociedade.
No Brasil, a denominação de
Entidade Paramaçônica é utilizada para identificar as associações
que não se enquadram na categoria de Lojas Maçônicas. As entidades
paramaçônicas, em linhas gerais, é o espaço ocupado especialmente
pelos parentes dos maçons que realizam atividades complementares às
Lojas, visando contribuir com a formação, solução de problemas
sociais e em prol do bem comum.
Destacaremos
as entidades mais importantes que atuam no Brasil:
Ação Paramaçônica Juvenil (APJ), Shriners, a Antiga Ordem Árabe
dos Nobres do Santuário Místico (AOANSM), Filhas do Nilo, Ordem
Internacional das Filhas de Jó Ordem da Estrela do Oriente (Eastern
Star), Ordem Internacional das Meninas do Arco-Íris (Rainbow Girls),
Ordem DeMolay.
As entidades citadas possuem um
vínculo mais estreito com as Lojas maçônicas. Geralmente no
momento da sua idealização, ou mesmo, da sua fundação, é notória
a participação de quase a totalidade dos maçons vinculados a Loja.
Com o passar do tempo, as entidades passam a sofrer a escassez de
apoio dos maçons, restando poucos abnegados que sofrem desgastes por
assumirem a responsabilidade sozinho ou em um grupo ínfimo em
relação a Loja.
Em contrapartida, os participantes
das entidades, vislumbram o melhor para o grupo, trabalham com afinco
para sustentação moral de sua entidade e consequentemente promovem
ações que beneficiam diretamente a sociedade. Raras vezes
percebe-se que tais entidades promovam ações conjuntas as lojas
maçônicas e com outras entidades paramaçônicas não afins.
A
grande vantagem, que na maioria das vezes não é explorada, abrange
a vascularidade de tais entidades/lojas por diversas cidades em todo
Brasil. Uma ação conjunta planejada e com tema apropriado,
proporcionaria um impacto positivo e significativo na sociedade
brasileira, haja vista resultados de trabalhos de entidades
não-paramaçônicas tais como Rotary, Lions Club, Escotismo.
Possivelmente, a pálida
participação destas entidades, possam ser acarretadas pelas
prioridades estabelecidas pelas lideranças maçônicas. A
conscientização dos objetivos e resultados benéficos destas
entidades deveria ser de conhecimento de todo o corpo de maçons
brasileiros. Um projeto poderia ser desenvolvido em tres etapas: a
primeira etapa publicidade de tais entidades aos maçons no âmbito
das lojas; segunda etapa consolidação de projeto um projeto
nacional e terceira etapa a execução envolvendo a sociedade.
Certamente a finalidade de tais entidades seriam alcançadas.
As
entidades paramaçônicas proporcionam a solução de uma lacuna
muito grande na Ordem Maçônica, uma vez que inicialmente a
maçonaria estava restrita apenas aos homens de bons costumes. Esse
vazio que permeava a sociedade, aos poucos foram parcialmente
ocupados com a participação dos familiares dos maçons e pessoas
próximas.
A
partir da formação de um maçom nos trabalhos internos de uma Loja,
torna-se evidente o grande e prestimoso auxílio nas atividades de
formação dos jovens é para a sociedade.
As
demais entidades paramaçônicas restritas a participação dos
maçons, destaco a importância da fraternidade, laços entre maçons
de várias lojas com espírito de satisfação social, que resulta os
princípios de benemerência.
Um
projeto de vulto nacional poderá integrar substancialmente todas as
entidades paramaçônicas, maçons, maçonaria, entidades sociais e
sociedade para promover o progresso que é um dos princípios
basilares da ordem maçônica.
REFERÊNCIAS
-
MELO, Eugênio
Lisboa Vilar
- Instituições Maçônicas e ParaMaçônicas – Brasília -DF –
Editora UnyLeya, 2016.
-
Entidades paramaçônicas Disponível em: <www.gob.org.br>
consulta em 09/01/2017
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